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9 de dez. de 2011

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade: Mitos e Crenças.

A primeira reação é pensar que são crianças mal-educadas, com pais ausentes e com dificuldade para impor limites. É possível que essa primeira impressão esteja correta. Entretanto, também é possível que elas apresentem TDA/H.
 Um rótulo é um nome. O problema é o uso que se faz do rótulo e não o rótulo em si.
TDA/H significa Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade. É um transtorno neurobiológico, de origem genética de longa duração, persistindo por toda a vida da pessoa, que tem início na infância, comprometendo o funcionamento em vários setores da vida, e se caracteriza pela: Hiperatividade, Impulsividade e Desatenção. É compreendido hoje em dia como um transtorno que compromete principalmente o funcionamento da região frontal do cérebro, responsável, entre outras atividades, pelas funções executivas.
Crianças com TDA/H têm dificuldades em tarefas que exigem habilidades para resolução de problemas e organização, essas dificuldades na maioria dos casos, acabam determinando comprometimento do aprendizado. Adultos comumente se ocupam com várias atividades ao mesmo tempo, na maior parte das vezes sem conseguir completar nenhuma delas, maior incidência no uso de álcool e drogas, sofrem mais acidentes, mudança constante de emprego e cônjuge, baixa alta estima, isolamento social, maior incidência a depressão e ansiedade, completam menos anos de escolaridade e apresentam menos habilidade social.
Os portadores de TDA/H apresentam também muitas características positivas, tais como: bom nível intelectivo, criatividade aguçada, grande sensibilidade e forte senso de intuição.
O passo mais importante para o tratamento é o conhecimento. Informe-se. Leia e pesquise. Busque informação científica e correta. Consulte um especialista.Cuidado com os mitos! Cuide do preconceito!




VOCÊ SABE O QUE A FASE DA NEGAÇÃO?

A família desempenha um papel importante para a construção da personalidade, e do comportamento, no curso da moral, e da evolução mental e social da criança. Por mais que existam similaridades entre os cônjuges, as reações ao diagnóstico do filho portador de TDAH são diferentes, pois cada um possui um tipo de personalidade, trazendo consigo valores adquiridos de suas famílias e encontram a sua própria forma de encarar a situação.
Em geral, há um isolamento com cada um, percebendo apenas os seus próprios sentimentos e necessidades, não sendo capaz de ver o outro, pois os cônjuges, podem sentir-se humilhados, pois cultivam a fantasia de que algo danificado ou danificador neles possa ter sido a causa do dano em seu filho ter também o TDAH, já que este é genético. Se estes sentimentos não forem compartilhados e não refletir-se sobre eles, podem vir a gerar no futuro uma crise conjugal.
Muitos pais tendem a negar a existência do TDAH, pensam, no entanto conscientemente e inconscientemente, que trata-se de uma situação transitória que a criança vai acabar superando, comparam-se com eles próprios nessa idade, tentando justificar o problema, procurando recorrer, a novos diagnósticos, e a diferentes especialistas, com a finalidade de conseguirem uma informação positiva ou garantias de cura para um futuro próximo. A Negação é um dos Mecanismos de Defesa do ser humano. A Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que gera desconforto.
Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram. Existe sempre aquela dualidade entre o filho “real” e o “ideal”. Tanto a família, como o portador de TDAH, geralmente sofrem preconceito e rejeição por parte da sociedade. Podendo acarretar uma rejeição da família a esta criança, gerando uma baixa na auto-estima tanto na família, por se achar inferior aos demais membros da sociedade, que tem seus filhos “normais”, mas também na criança por ser negligenciada por seus parentes. Este contexto pode gerar uma mudança drástica na família, necessitando, então, haver uma reformulação de papéis e um ajuste de sentimentos, esta família não sabe lidar com este “novo ser” que precisa de cuidados especiais e não de controle. Essas mudanças não atingem somente os pais, mas sim todos os envolvidos neste contexto familiar ( avós, tios, irmãos, entre outros).
O papel do coach, especialista em Coaching para TDAH é desempenhar uma atuação junto a estas família, direcionado seu trabalho para a orientação, conscientização, acerca das reais necessidades e no gradual desenvolvimento dos portadores de TDAH. A famílias tem que encorajar o portador a ter sua própria individualidade onde está presente, permitindo que ele faça suas escolhas, expressem e manifestem seus sentimentos, permitindo assim que eles manifestem suas necessidades e capacidades, entretanto para isso, a família tem que se livrar de suas idéias existentes em relação ao TDAH. Ter TDAH não é problema, o problema é ter e não tratar.
As famílias geralmente pensam que o portador é dependente, limitado e o status familiar é inferior. Esses pais trazem para a criança um senso de identidade pessoal que irá depender o futuro, o bem-estar e independência emocional e intelectual da criança. Os pais podem reagir de três maneiras à crescente independência do filho. # Os superprotetores: temendo que algo possa machucar de forma irreversível o filho. # Os permissivos demais: sem estabelecer nenhum tipo de limites ou restrição. # Os equilibrados: são os que adotam uma posição de equilíbrio entre os dois extremos. A última alternativa parece ser a mais sensata. Permite que o portador explore seu potencial e teste sua liberdade. Hoje falamos da fase da negação, que é mais freqüente no início do diagnóstico. É quando os pais negam a doença e a gravidade do problema atual. Recusa-se a falar e tende ao isolamento. A negação funciona como um pára-choque depois do diagnóstico. Falamos depois das outras fases, da raiva, da revolta, da depressão e a aceitação, que é quando não mais sente depressão e nem raiva. É o momento em que encontra paz e aceita o que está acontecendo.
De posse do conhecimento destas fases, torna-se muito mais tranqüilo, para a familia, lidar com os sentimentos e emoções que afloram, ajudando-o na compreensão e no tratamento do TDAH, sem julgá-lo e sem lhe impor sua perspectiva. Participe do grupo de apoio e viva intensamente!